quarta-feira, 2 de março de 2011

Mi Buenos Aires






Enfim conheci Buenos Aires. “Eu tava me devendo” uma ida até lá de tanto ouvir gente de todos os lados dizendo que a cidade é muito legal. E é mesmo. Tem um monte de coisa melhor que em São Paulo, a começar pela quantidade de parques e terracitas delícia e lugar para correr ou andar de patins e livrarias gostosas e vinho barato. Só para começar.

Fui sem roteiro, pulei um monte de ponto turístico (eu não vi aquele caminito, por exemplo) e tive uns dias muito agradáveis basicamente entre três bairros. No pique de arte urbana, fui direto atrás de graffiti. Não precisei ir muito longe do hotel, em Palermo, para ver muita coisa boa na rua. E também por ali descobri duas galerias, segundo os locais as únicas, mas só visitei uma. Suficiente para conhecer uma cena muito bacana, inclusive com intercâmbio com Brasil.

Agora mesmo (e até final de março), o trabalho do gaúcho Carlos Dias está exposto na Hollywood in Cambodia, que fica em Palermo. Foi lá também que eu comprei um lindo stencil amarelo de um portenho que assina Stencil Land e que em breve colorirá minha sala. Também gostei muito do que vi de Run Dont Walk.

Chamou minha atenção como os argentinos que riscam as ruas de Buenos Aires estão afinados com a palavra. Fotografei ótimas frases na rua - “racionalismo te amo” foi a minha preferida. Muy argentino, no?

Também fui no Malba, onde vi coisas ótimas entre as novíssimas aquisições. Algumas na velha e boa tela (que nem livro - todo mundo diz que vai acabar, mas é óbvioooo que acaba nada!). Jamais esquecerei do olhar no autorretrato (2008) de Nicola Constantino. Inquietante também “Miriam Se Pone Leprosa” (1961), de Sammer Makarius, um egípcio que morou em Buenos Aires até morrer em 2009. E, por último, Adriana Bastos e a fusão entre pintura e fotografia com que um quê de Frida.

p.s.: das coisas que eu não gostei em Buenos Aires estão o zero espaço dado ao cinema local (Cinemark reina – certeza no Verdi de Barcelona passa mais filme argentino que em BsAs inteira) e o gosto da coca light (“imbebível”, se é que vocês me entendem).
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